Goji berry, óleo de coco e quinoa são alguns dos chamados ‘’superalimentos’’, promovidos como forma de tratar problemas de saúde e por seu alto valor nutricional. Este termo, ganhou popularidade nos últimos anos e vem sendo associado a um estilo de vida saudável, mas afinal existem alimentos que são SUPER sozinhos?
Segundo a Associação Brasileira de Nutricionistas (Asbran), a ciência não reconhece o uso do termo pois nenhum alimento possui, de forma exclusiva, todas as propriedades nutricionais de uma dieta balanceada. Entretanto, a nomenclatura ‘’superalimento’’ ainda é utilizada como uma estratégia de venda ao associar alimentos com benefícios nutricionais específicos à sua natureza exótica.
Alguns dos mais comuns são:
Berries
São frutos com uma quantidade rica de antioxidantes, responsáveis por suas cores marcantes, e um elevado teor de fibras e nutrientes alimentares. Por isso, são associados ao fortalecimento do sistema imunológico e à prevenção de doenças cardiovasculares. Entretanto, fatores como a concentração reduzida e a forma como essas substâncias estão presentes no alimento, comprovam que as berries não são o suficiente para prevenir ou tratar quaisquer patologias.
Sementes de Chia
Muito utilizada em receitas de pães, as sementes de chia possuem ômega 3, cálcio, proteínas e fibras em sua composição. Dessa forma, elas são associadas ao controle da glicose no sangue, à perda de peso e à regulação do colesterol. Apesar de estarem correlacionadas a inúmeros benefícios, seu consumo de forma isolada, sem uma alimentação completa em conjunto com atividades físicas regulares, não é capaz de garantir resultados significativos à saúde.
Gengibre
Seu uso é muito popular em temperos e possui uma grande quantidade de vitamina B6 e compostos fenólicos com ação antioxidante. Sendo assim, este ‘’superalimento’’ é comumente associado a ações anti-inflamatórias, antioxidantes e anticancerígenas mas não apresenta eficácia comprovada científica quando não associada a um estilo de vida saudável.
Afinal, os superalimentos são SUPER mesmo?
Apesar de possuírem uma quantidade significativa de nutrientes, é possível analisar que o consumo de superalimentos não substitui a necessidade de hábitos saudáveis e de uma dieta balanceada. Não existem alimentos milagrosos, mas sim um consumo correto e equilibrado de nutrientes, o que pode ser orientado e monitorado por profissionais da saúde. Além disso, alimentos exóticos e com origem em outros países como a Goji Berry, podem ser substituídos por outros como o açaí que é mais acessível no Brasil, estes alimentos podem ser vistos como uma porta de entrada para uma dieta equilibrada.
É preciso ter cuidado com a maneira que esses benefícios são divulgados, para que o consumidor não se confunda e acredite que determinado alimento pode resolver todos seus problemas de saúde. Para isso, garantir a informação nutricional de seus produtos é essencial, por meio da rotulagem nutricional por exemplo, que pode ser produzida e supervisionada por farmacêuticos. Atualmente, no Brasil, as etiquetas nutricionais de produtos alimentícios são fiscalizadas pelas Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), bem como o controle das alegações feitas, principalmente caso sejam terapêuticas.
Entendendo agora o conceito de ‘’superalimentos’’ e como ele é utilizado, você já sabe que não existe nenhum alimento capaz de ser SUPER sozinho.
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