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  • Victor Hugo

Anti-inflamatórios esteroidais: como podem acabar se tornando os vilões

Para início de conversa, você sabe o que são os anti-inflamatórios esteroidais? Eles são anti-inflamatórios hormonais que têm como finalidade atuar de maneira análoga ao cortisol - hormônio produzido pela glândula suprarrenal, e que possui a capacidade de combater inflamações.

Porém, por serem sintéticos, os esteroides acabam sendo mais potentes do que o próprio cortisol, o que indica alta eficiência no combate ao processo inflamatório.


Todavia, tudo em excesso faz mal, e é claro que medicamentos potentes como esses não fugiriam dessa regra. Então, vamos ver mais sobre o uso excessivo dos anti-inflamatórios esteroidais e as consequências disso?

Como funcionam essa classe de medicamentos?

Os anti-inflamatórios hormonais atuam de maneira sistêmica no nosso organismo, ou seja, atuam nele como um todo.

Logo, seu uso a longo prazo também provoca efeitos colaterais que acabam envolvendo quase todos os nossos órgãos.

Alguns dos efeitos colaterais mais comuns são:

  • Pele mais fina, com estrias e equimose (manchas provocadas pelo extravasamento de sangue);

  • Hipertensão arterial;

  • Elevados níveis de açúcar no sangue;

  • Catarata;

  • Inchaço no rosto (rosto em forma de lua cheia) e abdômen;

  • Afinamento dos membros superiores e inferiores (braços e pernas);

  • Má cicatrização de feridas;

  • Déficit no crescimento de crianças;

  • Perda de cálcio nos ossos (podendo resultar em osteoporose);

  • Fome;

  • Ganho de peso;

  • Alterações de humor.


Quais são as consequências de um uso discriminado?

Sendo assim, como todo medicamento, deve ser usado apenas sob prescrição médica. Sua eficiência na inibição de inflamação é bem maior que a dos AINEs (Anti-inflamatórios Não-Esteroidais), porém, o uso em longo prazo resulta em efeitos adversos que incluem imunossupressão, distúrbios de comportamento, reações psicóticas e pensamentos suicidas nos pacientes. Além disso, podem repercutir ainda mais intensamente, como por meio de: glaucoma, miopatia, úlcera péptica, necrólise avascular do colo femoral, Síndrome de Cushing (uma síndrome que deixa a face em formato de lua, aparecem estrias, acne).


Assim sendo, podemos comprovar que o uso indiscriminado dos anti-inflamatórios esteroidais pode ser maléfico de maneira diretamente proporcional às propriedades anti-inflamatórias que contêm.


Afinal, a inflamação não deve ser considerada sempre algo ruim, uma vez que não haveria cura sem inflamação, já que são substâncias produzidas durante o processo inflamatório as responsáveis pela indução da cicatrização e do reparo, sendo a maneira que seu corpo tem de responder à lesão sofrida.


A automedicação é fortemente presente na sociedade brasileira contemporânea, e isso se mostra um enorme perigo à saúde, uma vez que são administrados, sem prescrição médica, tanto anti-inflamatórios esteroidais como não-esteroidais, como resposta imediata da população a qualquer sinal de inflamação, mesmo que seja mínimo.


Disso vem a importância de uma urgente intensificação do combate à automedicação no Brasil, incluindo o consumo de anti-inflamatórios, com ênfase nos hormonais.


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Por Victor Hugo Moreira


Referências:


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