Photo by Vya Naturals on Unsplash
Segundo o provedor de pesquisa de mercado Euromonitor International, o Brasil é o 4° maior mercado de beleza e cuidados pessoais do mundo. Nesse viés, sob a influência da alimentação saudável, o consumo de produtos orgânicos, veganos e naturais também chegou à indústria de cosméticos.
Todavia, para padronizar globalmente as regras de certificação de cosméticos naturais e orgânicos, utiliza-se o Cosmetic Organic Standard (Cosmos). No Brasil, o número de cosméticos com certificação Cosmos Natural e Cosmos Organic cresce a cada ano, sendo a Ecocert a certificadora que representa o referencial no país.
Mas afinal, como identificá-los?
Cosméticos naturais são compostos, em grande parte, de ingredientes de origem natural e seus percentuais devem ser indicados na parte frontal do rótulo. Ademais, não é obrigatória a presença de ingredientes orgânicos.
Os Cosméticos Orgânicos são aqueles formulados com matérias-primas naturais certificadas com produção baseada na sustentabilidade. Ou seja, a plantação e colheita não agridem o meio ambiente, pois são livres de agrotóxicos e outros agentes químicos. Para ser considerado orgânico, o cosmético recebe certificação de empresas como Ecocert, IBD, Natrue e USDA.
Já os Cosméticos veganos se tratam de produtos que não utilizam matérias-primas de origem animal, como: mel, cera de abelha, lanolina, colágeno, albumina, carmim, gelatina, entre outras. Cabe citar que é possível que sejam totalmente sintéticos e continuem sendo veganos. Esses produtos costumam ser identificados pela presença de um selo com a letra V escrito certified vegan, pode também vir com o símbolo de um girassol e a palavra vegan, ou até o desenho de um coelho com a inscrição vegan and cruelty-free, representando produtos veganos e que não em animais.
Imagem retirada do site da Sallve
Quer uma dica? BAIMS e Simple Organic são marcas veganas e orgânicas. Já Natura, Granado, Dailus, Urban Decay, The Balm, NYX, Lush e The Body Shop, por exemplo, são marcas que têm o selo cruelty-free e, portanto, não testam em animais.
Principais desafios:
● “Greenwashing” (Marketing Verde)
Por causa da falta de uma legislação adequada, com regras claras quanto à classificação de cosméticos no mercado brasileiro, há campo fértil para os chamados cosméticos com apelo verde. Ou seja, há um discurso para vender a sustentabilidade, a saúde e a beleza naturais sem carregar esses conceitos em toda a sua cadeia produtiva.
Nesse contexto, muitas empresas se nomeiam como veganas, mas não fazem pesquisas para verificar se a fornecedora de insumos promove testes em animais, e pelo mercado vegano se encontrar em asceção muitos entram no ramo para poder vender os produtos sem tomar todos os cuidados necessários para garantia de um produtor 100% vegano.
● Restrição de ingredientes
Corantes sintéticos, fragrâncias sintéticas, polietilenoglicóis (PEGs), quaternários de amônio, silicones, conservantes sintéticos, dietanolamidas e derivados de petróleo são ingredientes proibidos pelos principais órgãos certificadores. Devido a essas limitações, o processo de desenvolvimento de formulações é dificultado no que se refere a estabilização e o desempenho dos produtos.
● Conservação microbiológica
Para fazer a conservação desse tipo de produto, podem ser utilizados os seguintes compostos: ácido benzoico, ácido dehidroacético, álcool benzílico, benzoato de potássio e de sódio, sorbato de potássio e ácido sórbico. A grande maioria desses conservantes é dependente do pH do meio, ou seja, sua eficácia depende do pH final do produto.
Foto por Karolina Grabowska em Pexels.com
● Custos
Os custos das matérias-primas de origem natural normalmente são maiores que os das sintéticas. Estima-se que ocorra aumento de 50% ou mais no custo de fabricação de produtos naturais ou orgânicos.
E você, está disposto a pagar mais caro por esses produtos? Pare para refletir!
Conforme exposto, a demanda por cosméticos naturais, orgânicos e veganos apresenta forte tendência de crescimento. Existem ainda muitos desafios a serem enfrentados no desenvolvimento de produtos que sejam de fato certificados e tanto os fornecedores de matérias-primas, quanto os formuladores cosméticos devem ter sintonia na busca conjunta por soluções tecnológicas que atendam às expectativas dos consumidores.
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