Os conservantes, têm como objetivo geral proteger os alimentos de bactérias e conservar seus aspectos nutricionais, físicos e palato por mais tempo. Podem ser divididos em três tipos principais:
Antimicrobianos: atuam inibindo ou matando micro-organismos que possam alterar a qualidade do produto.
Antioxidantes: impedem que haja reação com o oxigênio.
Inibidores de enzima: agem impedindo que as enzimas existentes em certos alimentos acelerem o processo de degradação do produto.
Quais são os conservantes naturais?
Conservantes naturais são substâncias presentes na natureza que possuem quantidades significativas de compostos bioativos, que desempenham atividade antimicrobiana, antioxidante, entre outras. Sendo viável na substituição de conservantes sintéticos.
A busca por conservantes alimentícios naturais se deu quando diversos estudos in vitro e in vivo apontaram que alguns conservantes sintéticos, quando expostos a certas condições ambientais e/ou com seu uso prolongado podem ser tóxicos, oferecendo mal à saúde. E, que substâncias naturais possuem efeitos de conservação similares a esses, sendo menos prejudiciais.
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Alguns desses conservantes naturais podem ser encontrados em lojas de produtos naturais, supermercados e são facilmente encontrados em casas, outros são direcionados para indústrias alimentícias. Veja a seguir alguns exemplos de conservantes naturais:
Vinagre: Sendo considerado um ótimo conservante natural, as altas concentrações de ácido acético presentes no vinagre impedem o aparecimento de bactérias, tornando-o eficiente na conservação de vegetais (pepino, repolho, cenoura, cebola etc.).
Limão: Contendo altas concentrações de ácido ascórbico, ácido cítrico e pectina, o limão possui propriedades bactericidas e antioxidantes, o que prolonga a validade de alguns alimentos como compotas, frutas frescas e vegetais e etc.
Alecrim: A adição dessa especiaria no alimento, além de proporcionar aroma e sabor, contém propriedades antimicrobianas, que é capaz de reduzir o número de Salmonela e E. coli.
Sal: Através da osmose o sal absorve toda a água presente no alimento e, consequentemente, dos microrganismos presentes naquele local, tornando inviável o desenvolvimento, proliferação e sobrevivência desses microrganismos. Esse método é muito utilizado em peixes e carnes.
Açúcar: Similarmente ao sal, age por osmose, retirando toda a água do ambiente em que é colocado e dessa forma, preservando-o. O açúcar é usualmente encontrado em preservação de alimentos doces, como geleias.
Orégano: O orégano é uma erva rica em antioxidante, prevenindo o aparecimento de bactérias, o que torna útil sua utilização em produtos cárneos.
Cravo-da-índia: Sendo um antioxidante natural, combate a oxidação da gordura, prevenindo a deterioração do alimento. Além de ser antimicrobiano e antifúngico.
Alho: Por possuir substâncias como ácido cafeico, p-cumárico, ferúlico e di-ferúlico, pode ser utilizado como aditivo natural. Ademais, sua casca apresenta substâncias biologicamente ativas capazes de inibir o crescimento de bactérias patogênicas.
Devido à exigência dos órgãos legisladores e consumidores para retirada de alguns aditivos químicos na produção de alimentos, a indústria alimentícia cada vez mais vem utilizando o sistema antimicrobiano natural, principalmente contra os microrganismos causadores de doenças veiculadas por alimentos. Abaixo são exemplos de alguns conservantes naturais usados na indústria:
Sorbato de potássio: Por possuir uma caráter ácido, retém ação antifúngica e antibacteriana, além de inibir grande parte dos microrganismos patogênicos encontrados nos alimentos. Fortemente utilizado em alimentos pré-assados, enlatados, conservas, panificadoras entre outros.
Ácido láctico: O ácido láctico possui ação inibidora de microrganismos patogênicos ao aumentar o tempo de latência dos mesmos e consequentemente reduzir suas taxas de crescimento.
Vitamina C: Visto que a vitamina C apresenta característica antioxidante, ela atua evitando a oxidação dos alimentos, aumentando a sua vida útil.
Referências:
http://www.adaltech.com.br/anais/zootecnia2018/resumos/trab-0366.pdf
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